O universo criado por J.R.R. Tolkien é vasto, profundo e atravessa milhares de anos de história. Por isso, muitos leitores procuram entender qual é a ordem dos livros de O Senhor dos Anéis dentro da cronologia da Terra-média — desde os primeiros mitos até os eventos da trilogia principal.
Neste guia, você encontra a sequência completa em ordem cronológica, com explicações claras sobre cada obra e como elas se conectam para formar a linha do tempo oficial do legendarium.

Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis
- O Silmarillion (1977)
- Beren e Lúthien (2017)
- Os Filhos de Húrin (2007)
- A Queda de Gondolin (2018)
- Contos Inacabados de Númenor e da Terra-Média (1980)
- A Queda de Númenor (2022)
- O Hobbit (1937)
- O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (1954)
- O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (1954)
- O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (1955)
Antes de começar: esta ordem é cronológica, não a ordem ideal para iniciantes
A cronologia da Terra-média reúne obras publicadas em momentos muito diferentes — muitas delas editadas e organizadas por Christopher Tolkien após a morte do pai. Embora esta ordem mostre a sequência histórica dos eventos, ela não é a ordem recomendada para quem está começando a ler Tolkien.
A leitura cronológica é indicada para quem já conhece a trilogia e deseja expandir o entendimento do legendarium. Para iniciantes, o caminho tradicional é começar por O Hobbit ou diretamente por A Sociedade do Anel. Ainda assim, seguir a ordem completa oferece uma visão rica e profunda sobre as eras anteriores a Frodo e ao Anel.
Sobre cada livro
1. O Silmarillion (1977)
O Silmarillion é a base mítica de toda a Terra-média. Ele reúne textos que contam desde a criação do mundo, pelos Poderes que o moldaram, até os grandes eventos da Primeira Era. Em vez de acompanhar um único protagonista, o leitor atravessa eras inteiras, conhecendo povos élficos, humanos antigos, anões, seres divinos e a origem do mal que um dia culminará na história do Um Anel.
O livro apresenta a rebelião dos elfos, a criação das Silmarils, as grandes guerras contra uma força sombria primordial e a queda de reinos que jamais serão vistos novamente na Terceira Era. O tom é de mito e epopeia, com linguagem mais solene e estrutura parecida com textos antigos.
Para quem deseja compreender a profundidade do legendarium de Tolkien, O Silmarillion mostra as raízes de quase tudo: linhagens, profecias, canções e tragédias. Não é uma leitura “leve”, mas dá uma dimensão completamente diferente quando você volta a ler O Hobbit ou O Senhor dos Anéis depois de conhecer essas origens.
2. Beren e Lúthien (2017)
O segundo título na Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis apresenta um dos relatos mais importantes da mitologia tolkieniana: a história de amor entre o mortal Beren e a elfa Lúthien. Editado por Christopher Tolkien, o livro compila versões em diferentes estágios de desenvolvimento, permitindo ver como o conto foi ganhando forma ao longo da vida do autor.
A narrativa acompanha a jornada de Beren ao se envolver com uma missão aparentemente impossível, que o coloca frente a poderes muito maiores que ele. Lúthien, por sua vez, desafia limites e expectativas do próprio povo élfico para lutar ao lado de quem ama. Sem revelar os desfechos, é uma história em que coragem, sacrifício e beleza caminham juntos.
Quem já leu apenas o trecho resumido em O Silmarillion encontra aqui um mergulho muito mais detalhado nas motivações, nos diálogos, nas cenas de risco e nos aspectos poéticos da trama. É um livro que ajuda a entender por que esse casal é tão citado e lembrado dentro da obra de Tolkien — inclusive como eco temático em outras histórias.
3. Os Filhos de Húrin (2007)
O terceiro volume da Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis traz uma das narrativas mais sombrias e trágicas da Primeira Era: a saga de Túrin Turambar, filho de Húrin. Aqui, Tolkien explora profundamente temas como orgulho, destino, honra, impulsividade e as consequências de escolhas feitas sob pressão.
Túrin é um personagem complexo, muitas vezes heróico, mas também marcado por decisões impetuosas e por circunstâncias que parecem sempre conspirar contra ele. Ao redor dele, vemos reinos ameaçados, alianças frágeis e a presença constante de um mal que atua tanto pela força quanto pela corrupção interior.
Sem entrar em detalhes de acontecimentos específicos, basta dizer que Os Filhos de Húrin constrói um drama quase inevitável, em que o leitor observa a trajetória de um herói trágico sendo moldada por perdas, conflitos internos e tentativas de reparação. É uma leitura intensa, ideal para quem quer ver o lado mais dramático e humano da mitologia de Tolkien.
4. A Queda de Gondolin (2018)
O quarto livro na Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis foca em uma das cidades mais lendárias do mundo antigo: Gondolin, um refúgio élfico belo e secreto, destinado a se tornar palco de um dos episódios mais marcantes da Primeira Era. Assim como em Beren e Lúthien e Os Filhos de Húrin, Christopher Tolkien reúne diferentes versões da mesma história.
A trama gira em torno de personagens que vivem sob uma aparente segurança, mas cercados por ameaças crescentes, espionagem e tensões internas. Traições, coragem silenciosa e atos desesperados se misturam à sensação de que a grandeza da cidade talvez não seja suficiente para salvá-la do destino que se aproxima.
Sem revelar como tudo se desenrola, A Queda de Gondolin entrega batalhas épicas, cenas de fuga, momentos de grande heroísmo e um senso de tragédia à altura da importância de Gondolin na mitologia. É um livro que fecha, de certa forma, o ciclo das grandes narrativas da Primeira Era, dando contexto emocional a referências que aparecem em outros textos de Tolkien.
5. Contos Inacabados de Númenor e da Terra-Média (1980)
O quinto título da Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis funciona como uma ponte entre várias eras e personagens. Contos Inacabados reúne histórias que, por um motivo ou outro, não foram finalizadas ou polidas por Tolkien no mesmo nível das obras principais. Ainda assim, são riquíssimas para quem quer enxergar além do que é mostrado na superfície.
O livro traz relatos que ampliam o entendimento sobre Númenor, os reinos élficos, as viagens de magos, as rotas marítimas e até momentos específicos ligados à Terceira Era. Em vez de acompanhar uma única sequência linear, o leitor passeia por episódios complementares, que aprofundam o contexto de personagens e eventos conhecidos.
Apesar do nome, os “contos inacabados” não são desprovidos de impacto. Pelo contrário: muitas dessas narrativas acrescentam nuances emocionais, políticas e históricas que tornam o mundo de Tolkien ainda mais crível e complexo. É um volume ideal para quem já tem alguma base e quer explorar os bastidores do legendarium.
6. A Queda de Númenor (2022)
No sexto livro da Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis, A Queda de Númenor reúne textos que contam a história do grande reino dos homens — uma civilização poderosa, abençoada e, ao mesmo tempo, vulnerável ao orgulho e à influência do mal. Organização mais recente, o volume apresenta em ordem cronológica os principais eventos que levam Númenor da glória ao desastre.
Sem entregar desfechos específicos, o livro acompanha o crescimento da ilha, a relação dos númenorianos com os Povos Livres, a lenta deterioração de seus valores e a crescente interferência de forças sombrias em suas decisões. Vemos reis, conselheiros e toda uma sociedade sendo colocados diante de escolhas morais profundas.
A Queda de Númenor é especialmente interessante para quem deseja entender melhor o pano de fundo histórico que ecoa na Terceira Era, inclusive em O Senhor dos Anéis. Ele ajuda a perceber como erros antigos lançam sombras longas sobre o futuro da Terra-média.
7. O Hobbit (1937)
O sétimo livro na Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis é justamente aquele que, para muitos leitores, serve como porta de entrada para o universo de Tolkien. O Hobbit acompanha Bilbo Bolseiro, um hobbit caseiro e acomodado que, contra a própria vontade, acaba embarcando em uma aventura ao lado de anões em busca de um tesouro guardado por um dragão.
A narrativa é mais leve em tom, com humor, canções e situações inesperadas, mas já traz elementos importantes da mitologia maior: criaturas antigas, povos distintos, mapas, florestas perigosas e, claro, um certo anel encontrado por acaso. Sem spoilers, dá para dizer que o livro mostra como alguém aparentemente comum pode desenvolver coragem, astúcia e senso de responsabilidade ao longo da jornada.
É uma leitura deliciosa por si só, mas também funciona como aquecimento perfeito para a trilogia O Senhor dos Anéis, pois apresenta nuances e detalhes que ganham novo significado depois.
8. O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (1954)
O oitavo título na Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis marca o início da famosa trilogia. A Sociedade do Anel acompanha Frodo Bolseiro, herdeiro de um objeto que parece simples, mas carrega um poder imenso e perigoso. Sua missão é tirá-lo do conforto do Condado e levá-lo a um lugar onde possa ser mantido longe das mãos erradas.
Ao longo da jornada, ele se junta a uma companhia improvável: hobbits, um mago, um elfo, um anão e humanos com seus próprios conflitos. O livro equilibra bem aventura, descobertas, histórias antigas contadas pelo caminho e o surgimento gradual da sensação de ameaça global.
Sem revelar os acontecimentos-chave, este volume apresenta os laços que se formam entre os membros da Sociedade, os primeiros grandes obstáculos e o peso crescente que Frodo começa a sentir. É um começo épico, mas também intimista, mostrando como o destino do mundo depende da coragem de indivíduos aparentemente comuns.
9. O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (19554)
O nono livro na Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis continua a história diretamente após os eventos de A Sociedade do Anel. Aqui, a narrativa se divide em frentes diferentes, acompanhando grupos de personagens que seguem caminhos separados e enfrentam desafios específicos.
De um lado, vemos alianças improváveis se formando em meio à guerra iminente; de outro, acompanhamos jornadas mais silenciosas, mas igualmente perigosas, atravessando territórios hostis enquanto o peso do Anel aumenta. Tolkien aproveita para expandir o mapa da Terra-média e aprofundar a construção dos povos apresentados.
Sem entregar desfechos, esse volume é marcado por batalhas, cercos, decisões difíceis e aparições de figuras importantes. É um livro de transição cheio de movimento, preparando o terreno emocional e político para o final da trilogia.
10. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (1955)
O décimo volume na Ordem dos livros de O Senhor dos Anéis traz a conclusão da trilogia e encerra muitos arcos construídos desde O Hobbit e A Sociedade do Anel. Nele, a guerra pelo futuro da Terra-média atinge seu ponto máximo, e decisões que pareciam pequenas no início revelam o verdadeiro peso.
A narrativa alterna entre grandes confrontos externos e dilemas internos dos personagens, especialmente daqueles diretamente ligados ao Anel. Sem dar spoilers, é possível dizer que coragem, sacrifício e esperança são temas centrais deste desfecho.
Além de finalizar a trama principal, o livro apresenta epílogos que mostram as consequências dos acontecimentos e como cada personagem segue sua vida após a guerra. É um final emocional e marcante, consolidando O Senhor dos Anéis como um dos grandes clássicos da fantasia.
Perguntas frequentes
A recomendação mais popular é seguir a ordem de publicação: começar por O Hobbit, depois ler a trilogia O Senhor dos Anéis (A Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei). Após esses, é possível explorar livros complementares como O Silmarillion e Contos Inacabados.
Sim. A ordem cronológica dentro do universo começa por O Silmarillion, seguido por Os Filhos de Húrin, Beren e Lúthien, A Queda de Gondolin, depois O Hobbit, a trilogia O Senhor dos Anéis e, por fim, Contos Inacabados.
Não é necessário. Embora O Silmarillion aprofunde o universo criado por Tolkien, ele pode ser lido depois da trilogia, já que possui uma linguagem mais densa e estrutura mitológica mais complexa.
O ideal para iniciantes é começar por O Hobbit, que tem narrativa mais leve e introdutória, e depois seguir para O Senhor dos Anéis. Essa ordem oferece uma introdução gradual ao universo da Terra-Média.
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